Shows cancelados de Jackson dão prejuízo acima de US$ 85 milhões

A AEG, responsável pelos shows que marcariam a volta de Michael Jackson aos palcos, com início marcado para 13 de julho, em Londres, se prepara para enfrentar a tempestade. Segundo informa o jornal Los Angeles Times, a repercussão sobre a morte do astro terá um impacto sério e devastador sobre a empresa.

Afinal, foram mais de US$ 85 milhões em ingressos vendidos para as 50 apresentações do Rei do Pop, que aconteceriam na O2 Arena.

Se os fãs resolverem seguir a lei britânica, eles poderão exigir dos promotores dos shows o reembolso do valor integral do ingresso.

Mas já se comenta que muitos fãs vão querer ficar com o ticket do show como lembrança do que seria o último show do astro pop.

A AEG - que também é responsável por festivais de bandas como Bon Jovi, da cantora LadyGaGa e até da banda brasileira Skank, em sua turnê internacional – já colocou um comunicado em seu site (aeglive.com) em que explica a morte de Michael Jackson, mas nada fala sobre a devolução do dinheiro:

“Outro anúncio será feito para os que adquiriram ingressos em momento oportuno”, diz a nota.

A O2 Arena também deixou um comunicado em seu site, que também não traz nada concreto a respeito dos reembolsos: "Neste momento, nossos pensamentos estão com os filhos, a família e os amigos de Michael. Faremos um anúncio sobre os ingressos no momento adequado".

Para Ray Waddell, da revista Billboard, os resultados financeiros da AEG vão depender ainda da causa da morte de Jackson. Um informante dentro da indústria do entretenimento disse à publicação que se o cantor tiver morrido de overdose de drogas ou de uma condição pré-existente, os produtores correm o risco de ter que arcar com todas as perdas investidas na produção do espetáculo, que, além dos US$ 85 milhões em ingressos vendidos, chegariam a mais de US$ 20 milhões.

Wadell ainda completa: “a devolução do dinheiro às pessoas que compraram os ingressos será desordenada, assim como cara para as empresas responsáveis.”