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Globo vence processo movido por bispo da Igreja Universal

Marcelo Crivella, senador e membro da cúpula da Igreja Universal do Reino de Deus, foi derrotado na justiça. Segundo o site Consultor Jurídico, o Superior Tribunal de Justiça negou o pedido de indenização feito por ele contra a TV Globo. Crivella recorreu à Justiça com a alegação de que foi ofendido com uma crônica do comentarista Arnaldo Jabor, veiculada no Jornal da Globo no dia 12 de julho de 2005.


Crivella alegou que a veiculação de crônica foi de alto teor ofensivo a sua honra. O que Jabor disse, segundo ele, comete calúnia ao imputar-lhe o “estelionato religioso”, ou seja, acusa-o de usar indevidamente o dinheiro das contribuições da Igreja Universal, entidade da qual é bispo, em beneficio próprio e de outros bispos.

Ainda segundo o Consultor Jurídico, a Justiça carioca considerou a ação improcedente, conclusão mantida também na apelação. Por essa razão, Crivella recorreu ao STJ.

Ao analisar o Agravo de Instrumento - tipo de recurso que tenta reverter decisão que não admitiu o recurso especial ao STJ -, o relator, Ministro Luís Felipe Salomão, negou seguimento ao recurso. Para o ministro, se o tribunal estadual entendeu que não há provas suficientes sobre a questão, caberia ao senador, como autor da ação, ter instruído de forma mais conclusiva o conjunto de provas dos autos.

O ministro afirma que não há imputação criminosa ao bispo, na crônica do comentarista. O Tribunal de Justiça também registrou que a empresa não teria extrapolado os direitos que lhe são assegurados.

Assim, afirma que o tribunal estadual formou sua convicção com os elementos existentes nos autos. Rever a decisão importaria, necessariamente, reexaminar as provas, o que não é permitido ao STJ fazer em Recurso Especial, conforme dispõe a sua Súmula 7.

O argumento determinante para que Crivella entrasse com uma ação contra a Globo foi o comentário de Jabor sobre a prisão, na época, do deputado João Batista Ramos, integrante da Universal, com sete malas de dinheiro, totalizando R$ 10 milhões.

Leia a íntegra do comentário de Jabor:

“Irmãos, não vos deixeis confundir pelos inimigos da Igreja Universal do Reino de Deus. Eles, que estão querendo manchar o nome do nosso bondoso bispo deputado João Batista Ramos, só porque ele transportava 10 milhões em dinheiro vivo, em sete malas. Esse dinheiro tem origem: ele vem do trabalho honesto e suado dos devotos da Igreja Universal, que doam 10% de tudo o que ganham para o bem dos bispos, para que a igreja possa abrir ricas sedes em Nova York, em Lisboa.

Esse dinheiro sagrado serve para financiar televisões, palácios de mármore, como em Salvador (BA), para exterminar com os Exus da religião dos negros baianos. É muito consolador, Ó Irmãos, saber que nossos bispos podem viver em paz e conforto, como Edir Macedo, Rodrigues, Crivella, tantos outros santos homens, para nos levar ao Reino de Deus. Esse dinheiro sagrado serve também para financiar as campanhas de nossos deputados no Congresso. Eles estão lá, defendendo os interesses da Igreja Universal, ou melhor, os nossos interesses.

Dai mais dinheiro, dai mais do que 10%, dai tudo o que tiverdes e, se morrerdes de fome, ireis para o Céu, direto, como o jatinho do bispo Edir Macedo. Orai pelo deputado João Batista Ramos, irmãos, ele é um enviado de Jesus. Aleluia, Irmãos”!

Fonte: site Comuniquese

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