Se eleito deputado, Ronaldo Esper quer legalizar casas de jogos e cabarés

Ronaldo Ésper se aventurou na vida política e é pré-candidato a Deputado Federal pelo PTC (Partido Trabalhista Cristão), o mesmo que elegeu o falecido estilista e apresentador Clodovil Hernandes.

Além de planejar inserir a moda tipicamente brasileira no país, caso seja eleito, o estilista das noivas pretende liberar as casas de jogos e cabarés, com o intuito de dinamizar a economia e gerar empregos.

"Sou totalmente a favor da liberação do jogo no Brasil. Deveria abrir cabarés, jogos de roletas... para que os brasileiros saírem daqui para jogar, quando podem deixar o dinheiro no Brasil? E a geração de empregos? Shows e artistas? Ano inteiro com cabaré! Eu sou contra o armamento, isso sim!, revelou ele em uma entrevista.

A candidatura

“Sempre tive vontade de entrar na política, pois todos nos somos políticos. Ainda é a minha pré-candidatura para Deputado Federal, a convenção é em junho e a campanha começa em julho", contou o estilista.

"Primeiro eu estava com o PTB e não deu certo. O PTC me procurou e, como eles tinham essa experiência com o Clodovil, eu deixei claro que não sabia quantos votos eu iria ter", continou Ronaldo, relembrando quando foi convidado para participar do Partido Brasileiro Cristão.

O estilista, que se envolveu com a política há cerca de um ano, próximo da morte de Clodovil, revelou alguns de seus planos, caso seja eleito. Ele pretende, por exemplo, inserir uma moda brasileira no país.

"Tenho alguns focos para a minha campanha, uma das coisas que eu vou tentar é inserir a moda brasileira. Não existe isso, o que existe é um pouco de venda de Havaianas e biquine. Todos os centros de polos da moda tem um incentivo do governo. A moda italiana cresceu por causa do governo, na França e a sexta fonte de renda do pais. Então eu acho que a moda brasileira tem que tomar um impulso muito grande, tem a possibilidade de entrar no mundo todo e o governo tem que ver que a moda não é frescura. Senão Paris não seria Paris. Temos cabeça e idéias maravilhosas, mas não temos mão de obra, temos que ter escolas profissionalizantes para essas categorias, e o governo deveria dar de graça. Quero gente que possa sustentar essa industria. Tem que ter exigência, inclusive Brasília ser um centro irradiador de moda, porque é a capital do pais, e as embaixadas brasileiras seriam as primeiras a receber as coleções. O Brasil não vai exportar coisas que não tem viabilidade, mas moda nós temos capacidade.

Ele ainda falou do preconceito da política brasileira para com assuntos culturais, definindo-os como inúteis:

"Cultura, educação e moda não dão voto para ninguém porque vão pensar que é frescura. Mas que saúde é essa e que educação é essa? Caiu para um nível que não tem para onde ir, é um negocio que o governo tem que tomar as rédeas", criticou ele, referindo-se ao sistema educativo e de saúde do Brasil.

Ronaldo finalizou revelando que sua rotina está bastante corrida, por causa da pré-candidatura e falou sobre as suas expectativas para a eleição deste ano:

"Estamos fazendo uma maratona de 40 cidades. Estou muito com o pé no chão, é o que meus assistentes do partido estão achando".