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Thalía conta curiosidades de suas 'Marias', confira:


Thalia lançou no fim do ano passado um livro onde conta toda sua história de vida e carreira. Em "Cada día más fuerte", a estrela nos revela algumas curiosidades sobre os bastidores de gravação da "Trilogia das Marias", novelas que foram vistas por mais de dois bilhões de pessoas no mundo inteiro.

Em "Maria mercedes"(1992), primeira novela da trilogia, Thalia revela que se entregou tanto ao personagem de maneira que a afetou emocionalmente: "Quando colocaram Maria Mercedes no manicômio, havia uma cena em que me amarravam e me deixavam em um quarto branco infernal. Essa cena foi tão forte pra mim que entrei em estado de choque na vida real, porque tive que gritar tanto com as supostas enfermeiras que acho que perdi a noção de que era só uma cena. Acreditei de verdade. Terminamos de gravar e eu não podia parar de chorar; fiquei como 1 hora e meia histérica".

Em "Marimar"(1994), segunda novela da trilogia, Thalia conta os difíceis momentos que passou durante as gravações: "Tinham que me pintar todos os dias com uma camada de maquiagem, dos pés a cabeça, para me fazer parecer com uma pele dourada de sol. Me colocavam o tom café mais escuro de maquiagem em creme. Como esquecer!".

Além disso, a mexicana diz que outra coisa que a incomodava era o cheiro de comida enlatada para cachorro, que levava a sua casa todos os dias após as gravações, pois para que pudéssemos ver frente as câmeras o "Pulguento", seu cachorro de estimação na novela, olhando para seu rosto enquanto falava com ele, seu treinador colocava a comida da lata em seus dedos para que o cão sentisse o cheiro e visse. "Cinco dedos sobre minha cabeça, ele colocava os dedos com a comida e enquanto a cena era gravada, esse alimento caia na minha cabeça deixando um cheiro insuportável".

Também em Marimar, Thalia lembra de uma cena onde a personagem de Angélica, que era a madrasta de Sérgio, o protagonista, jogava uma pulseira na lama e a fazia tirar com a boca. A cena chegou a ser gravada com lama artificial mas foi trocada por lama de verdade por insistência da própria atriz.

"Tive que fazer. Era a cena que determinava o que seria a vingança de Marimar, era o clímax da história e tinha que sair o mais real possível. Ainda hoje as pessoas me dizem que choram ao vê-la, porque a humilhação era visivel no rosto de Marimar".

"Minha diretora, Beatriz Sheridan, cuidava muito de mim, então para que eu não tivesse nenhum tipo de doença pela ingestão da lama de verdade, que podiam conter bactérias ou animais microscópicos, decidiu construir com a equipe cenográfica, uma espécie de poça de chocolate simulando a lama".

Thalia revela ainda em seu livro, um dos truques de sua equipe: "Colocaram um plástico debaixo e derreteram centenas de barras de chocolate, mas não funcionou, a textura se via estranha. Quando a cena foi gravada, onde eu tiro com a boca a pulseira que estava na lama de chocolate, ao revisar o vídeo se observava uma cor alaranjado em volta da minha boca que não parecia natural".

Marimar foi aceita por milhões de almas em todo o mundo, segundo Thalia. A novela foi vista em 180 países, traduzida em todos os idiomas e a levou a conhecer lugares que nunca havia imaginado.


Em "Maria do Bairro"(1995), a atriz diz que viveu momentos interessantes e de muita adrenalina. A personagem ganhava a vida coletando garrafas no lixo e as filmagens eram no maior depósito de lixo da cidade do México. "Cheirava a cadáver e rato morto todo o tempo. E passávamos horas alí. Não podia cobrir o rosto por causa do meu papel, mas também nem o fazia porque aproveitava nas pausas para conversar com os catadores, que são os que ganham a vida vasculhando o lixo, como Maria do bairro".

"Enquanto eles cavavam as montanhas de lixo reais, eu cavava meu lixo de "mentirinha" já que a equipe técnica montava um lixo pré-selecionado, digamos mais "limpo", para não por em risco a minha saúde nem a de nenhum membro da equipe. Ver as crianças procurando no lixo algo para comer, assim como seus carros, bonecas ou qualquer outro brinquedo que os faziam seus, marcou a minha vida. Meses depois eu voltava com mantimentos e brinquedos para essas famílias que vivem perto do depósito".

"Para mim sempre foi importante conversar com as pessoas reais que inspiraram os escritores a criar meus personagens, falar com as "Marias Mercedes", com as "Marimares" e com as "Marias do Barrio". Quando parávamos as gravações entre uma cena e outra, me aproximava dos catadores e dizia: "Ei, porque seu bebê está aí de fraldas correndo por todo o lixo? Não se preocupa que possa ficar doente?". E eles me respondiam: "Não, eles estão acostumados."

"Isso me impactava muito! Sobretudo porque alí se encontravam desde cabeças de animais até mãos e pés de seres humanos, além de fetos em diferentes estágios de decomposição. Realmente muito forte! Quando eu caminhava sobre o lixo sentia que o chão se movia debaixo de mim como um tapete vivo, eram baratas e ratos que corriam debaixo dos sacos de plástico, caixas e papéis. Eu tinha que acabar de gravar e ir ao meu camarim, diretamente para o chuveiro. Não sei se era por querer tirar o cheiro, ou para lavar estas imagens tão fortes que giravam em minha mente".

Thalia diz que guarda estes fortes momentos como experiências extraordinárias em sua carreira de atriz.

"O que me desgastava também eram as cenas em que chorava de verdade, presa no meu papel, sentindo a dor na própria pele, em pleno sofrimento, e de repente "Cooortaaa ... uma luz se moveu." O quê?! Quem disse isso? Queria matar quem havia gritado, quem não segurou a luz, o que fosse, porque em atuação, para voltar a recuperar esse momento é muito, mas muito difícil. Como um bom ator de novelas treinado você pode voltar a fazer quantas vezes forem necessárias mas esse pimeiro momento em que te sobrecarrega toda a essência do seu ser não retorna. Retomar a sensação inicial não é tarefa fácil".

Maria do bairro me lançou a um estrelato internacional inigualável, declarou a estrela.

Em Rosalinda(1999), última novela estrelada por Thalia até hoje, ela conta mais curiosidades:

"No momento em que Rosalinda enlouquece e está prestes a se lançar de um edifício, a cena também foi gravada sem proteção em baixo, sem nada, nem mesmo um colchão. Houve um momento em que pensei, "Se eu quisesse me atirar agora mesmo poderia e com certeza morreria no ato." Eu não tinha desejo de suicídio ou qualquer coisa assim, mas me dei conta de que eu estava me arriscando demais sem necessidade. Sempre estava à beira do perigo. Algo que jamais faria agora".

Thalia diz que sempre vivia o sofrimento de seus personagens e por isso caía por muitas vezes em depressão enquanto fazia novelas. "Todos os meus personagens ficavam loucos em algum momento, e eu também".

O livro escrito pela artista está disponível nas versões espanhol (Cada día más fuerte) e inglês (Growing Stronger).

Texto, tradução e adaptação: Equipe Conexão Thalia.

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